The Project Gutenberg EBook of Descripçaõ sobre a cultura do Canamo ou Canave, by Henri-Louis Duhamel du Monceau This eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with almost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away or re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included with this eBook or online at www.gutenberg.org Title: Descripçaõ sobre a cultura do Canamo ou Canave Author: Henri-Louis Duhamel du Monceau Translator: José Mariano da Conceição Veloso Release Date: September 23, 2009 [EBook #30068] Language: Portuguese *** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK DESCRIPCAO DO CANAMO OU CANAVE *** Produced by Pedro Saborano DESCRIPÇAÕ SOBRE A CULTURA DO CANAMO, OU CANAVE. _Sua colheita, maceraçaõ n'agua, até se pôr no estado para ser gramado, ripado, assedado._ TRADUZIDA, E IMPRESSA POR ORDEM DE SUA MAGESTADE. LISBOA, Na Offic. de JOAÕ PROCOPIO CORREA DA SILVA, Impressor da Santa Igreja Patriarcal. ANNO M. DCC. XCVIII. DESCRIPÇAÕ SOBRE A CULTURA DO CANAMO, OU CANAVE. § I. _Qual he o temperamento do ar, que convem milhor ao Canamo._ O Canamo naõ cresce tambem nos paizes quentes, como nos climas temperados, e se cria muito melhor nos Paizes frigidissimos, como o Canada, Riga, &c.: os quaes produzem abundancia de Linho, que he o melhor. Se emprega todos os annos huma grande quantidade do Canamo de Riga, em França, em Inglaterra, e principalmente em Hollanda. § II. _Qual he a terra, mais propria para o Canamo._ He preciso para o Canamo huma terra branda, facil de lavrar, e hum pouco ligeira: porém fertil, e bem estercada. Os terrenos seccos naõ saõ proprios para semear o Canamo: porque naõ cresce muito nelles: antes pelo contrario he sempre baixo, e o linho, que produz, he ordinariamente lenhoso, o que o faz duro, e elastico: todos estes defeitos saõ consideraveis, principalmente para fazer as maiores cordagens, como veremos adiante. Com tudo nos annos chuvosos he melhor semeallo nos terrenos seccos, do que nos terrenos humidos: porém estes annos saõ raros, assim se deve semear ordinariamente á borda d'hum regato, ou d'algum souto, cheio d'agua, de sorte, que a agua esteja muito perto, sem que produza innundaçaõ; estas terras saõ muito procuradas. § III. _Dos Estrumes proprios para temperar a terra dos Linhos._ Todos os adubos, que fazem a terra leve saõ proprios para a producçaõ do Canamo: por conseguinte, o estrume de cavallo, d'ovelha, de pombo, o lodo das capoeiras se devem preferir ao estrume de boi, e de vacca, e naõ sei se por acaso se deve usar também, para estrumar os Linhaes de barro, chamado marne. He preciso estrumar todos os annos os linhaes, antes da lavoura do Inverno, para que o estrume tenha tempo de se consumir, durante esta estaçaõ, e para que se misture mais intimamente com a terra, quando se fazem as lavouras da Primavera. O estrume dos pombos he o unico, que se espalha nas ultimas lavouras, para se tirar delle melhor proveito: com tudo quando a Primavera he secca, se deve temer, que o estrume venha a queimar a semente, o que naõ succederá, se se espalhar no Inverno; porém neste caso he melhor deitar mais estrume, porque, fazendo o contrario, resultaria menos proveito. § IV. _Das Lavouras, que se devem dar aos Linhaes._ A Primeira, e a mais consideravel destas Lavouras, se deve dar nos mezes de Dezembro, e Janeiro: ha Pessoas, que costumaõ fazella com a charrua, lavrando a terra por traços, ou regos, outros a costumaõ fazer com a enchada, formando com ella regos, para que as geadas do Inverno amoleçaõ melhor a terra; ha tambem outros, que a fazem com a pá de ferro, com a qual se fazem os valados; este modo he sem contradicçaõ melhor, que os outros; porém he mais dilatado, e mais trabalhoso; pelo contrario a Lavoura da charrua he a mais expedita; porém menos proveitosa. Na primeira se deve preparar a terra para effeito de receber a semente, lavrando-a duas, ou tres vezes, de quinze em quinze dias, ou de tres em tres semanas, e depois disto, se deve alizar o terreno. Deve-se observar, que estas Lavouras se devem, ou se podem fazer como aquella, que se faz no Inverno com a charrua, enchada, ou com a sobredita pá. Finalmente, quando estas Lavouras saõ feitas, e que ficaõ alguns torrões, se devem pilar com huns malhos; porque he preciso, que todo o terreno do Linhal esteja taõ unido, e taõ movel, como o canteiro d'hum Jardim. § V. _Do tempo, e da maneira de semear a Linhaça._ Costuma-se semear a Linhaça no mez de Abril, alguns a semeaõ quinze dias mais cedo, que os outros, e todos correm differentes perigos; porque aquelles, que a semeaõ muito cedo, devem summamente temer as geadas da Primavera, que causaõ grande prejuizo ao Canamo, novamente nascido; e aquelles que semeaõ muito tarde, devem temer as seccuras, que impedem algumas vezes o nascimento do Canamo. A Linhaça se deve semear espessa, porque, sendo semeada ralla, viria a ser o Canamo muito grosso, a casca muito lenhosa, e a fibra muito dura, o que he hum grande defeito; com tudo quando a linhaça se semea muito espessa, ficaõ muitos pés pequenos, e abaffados pelos outros, o que he tambem hum inconveniente; he preciso pois observar hum meio, e ordinariamente os Linhaes naõ saõ rallos, senaõ quando perece huma parte da linhaça por causa das geadas, da seccura, ou quaesquer outros accidentes. Assim se deve observar, que a linhaça he huma semente oleosa; porque estas sortes de sementes, se fazem rançosas com o tempo, e entaõ naõ nascem; por conseguinte he preciso fazer de sórte, que senaõ semeie mais, que a linhaça da ultima colheita; porque quando se semeia aquella, que tem dous annos, muitos grãos naõ nascem, e se for mais velha, nascerá muito menos. Logo que se semeia a linhaça, he preciso enterralla, esta operaçao se faz com huma grade, se a terra foi lavrada com a charrua, ou com hum ansinho, se foi lavrada com a enchada, ou pá. Além desta precauçaõ he preciso guardar com cuidado o Linhal, até que a linhaça esteja inteiramente nascida: por causa da quantidade de passaros, e principalmente de pombos, que o destroem extraordinariamente. He verdade, que os pombos naõ esgravataõ, nem outros muitos passaros, e naõ fazem damno aos grãos de trigo, que se achaõ cubertos de terra; porém damnificaõ muito a linhaça, ainda que esteja bem cuberta; porque a differença, que ha entre estas duas sementes, he que os grãos de trigo naõ sahem da terra juntamente com a herva, que produzem; porém a linhaça sahe inteiramente com a pequena planta, que produz, e he neste tempo, que os pombos, e outros passaros lhe causaõ grande damno: porque, em comendo o graõ da linhaça, arrancaõ a planta, e a destroem absolutamente. Os camponezes costumaõ fazer fugir os passaros com espantalhos, e fazem guardar os Linhaes por seus filhos. Estas precauções naõ saõ sufficientes, quando os Linhaes saõ muito grandes, e que os pombos estaõ famintos; porque tenho visto pessoas muito robustas, e ligeiras, e tambem alguns cães desamparar o Linhal, por estarem excessivamente cançados: porém este trabalho naõ dura muito tempo; porque quando tem lançado muitas folhas, naõ he preciso guardar os Linhaes. § VI. _Do cuidado, que se deve ter com o Linhal até a sua colheita._ Os Linhaes, que custaõ muito trabalho até ao nascimento da linhaça, naõ daõ trabalho algum, até ao tempo da colheita, assim he preciso entreter sómente os fossos, e impedir que os animaes os naõ damnifiquem. Com tudo quando as seccuras saõ grandes, ha camponezes, que costumaõ regar os seus Linhaes, porém he preciso, que sejaõ pequenos, e que a agua esteja perto, excepto que se possaõ regar por immersaõ, como se pratica em alguns lugares. Temos dito, que aconteciaõ algumas vezes accidentes á linhaça, que faziaõ o Linhal rallo, e temos tambem observado, que entaõ o Canamo era grosso, ramalhudo, e incapaz de produzir boa fibra; neste caso he preciso sachallo para tirar maior fructo do Linhal, e para impedir, que as más hervas suffoquem o Canamo. § VII. _Colheita do Canamo macho._ No principio de Agosto os pés do Canamo, que naõ tem semente, aos quaes o vulgo chama Canamo femea, e que nós chamamos macho, principiaõ a fazer-se amarellos na parte superior, e brancos na inferior, o que he hum signal evidente d'estarem capazes de se arrancarem; entaõ as mulheres entraõ no Linhal, e arrancaõ todos os pés machos: dos quaes fazem feixinhos, que põem por ordem no chaõ, tendo grande cuidado de naõ damnificar o Canamo femea; porque deve ficar na terra algum tempo mais, para acabar de amadurecer a sua semente. Depois de ter arrancado o Canamo macho, se fórma delle feixesinhos; deve-se tomar cuidado, que as plantas, que os fórmaõ, sejaõ de hum igual comprimento pouco mais, ou menos, e que todas as raizes sejaõ iguaes, finalmente cada feixesinho se deve atar com hum raminho de Canamo. Depois disto se deve expor ao Sol para fazer seccar as folhas, e as flores: quando saõ seccas se fazem cahir, batendo cada feixinho contra o tronco de huma arvore, ou contra huma parede, e se ajuntaõ varios destes feixesinhos, para formar delles outros maiores, e transportallos para o lugar, aonde se devem deitar de molho. § VIII. _Como se deve curtir, ou deitar de molho o Canamo._ O Lugar, aonde se costuma curtir o linho Canamo, he hum fosso, que deve ter dezoito, ou vinte e quatro pés de comprimento, doze, ou dezoito de largura, e tres, ou quatro de profundidade, o qual se deve encher de agua, que se transporta para o dito lugar de alguma fonte proxima, e se houver occasiaõ, seria melhor introduzir no dito fosso por meio de algum aqueducto, para evitar algum trabalho, quando o fosso está cheio, se deve deixar hum lugar livre, para que a superficie da dita agua se possa vasar. Ha varias pessoas, que, desprezando este modo de curtir o Canamo, fazem sómente hum simples fosso á borda de hum rio: ha outras, que o molhaõ, mettendo-o no mesmo rio: finalmente quando as fontes, e os rios estaõ muito longe, o costumaõ curtir nos fóssos cheios de agua; ou nas lagoas. Quando se quer curtir o Canamo, se põem em ordem no fundo d'agua, cobrindo-o com huma pouca de palha, sobre a qual se põem alguns pedaços de páo, ou de pedra para segurar o Canamo. O Canamo se deve deixar neste estado até que a casca, que produz a fibra se despegue facilmente do tallo, que se acha no meio da planta, a qual se deve visitar de tempo em tempo, para ver se a dita casca se despega com facilidade do dito tallo, e quando se despegar facilmente, se deve tirar do fosso, donde se acha. A operaçaõ, de que fallamos, naõ somente serve para fazer cahir a casca do Canamo, mas tambem para atenrar, e afinar a fibra; para melhor comprehender como a agua produz este effeito, he preciso ter huma idéa da disposicaõ organica de huma aste do dito Canamo: assim a vou dar o mais breve, que for possivel. As astes do Canamo saõ ocas inteiramente, e cheias de huma tenra medulla: sobre esta medulla ha hum páo tenro, e quebradiço, que se chama tallo, ou cana, sobre o qual se acha huma casca bastantemente delgada, composta de fibras, que se estendem ao comprimento da aste: esta casca está bastantemente pegada á dita cana, e as fibras longitudinaes, de que a dita casca he composta se ajuntaõ humas, e outras por meio d'hum tecido vessicular, ou celular; finalmente tudo isto se acha coberto d'huma finissima membrana, que se póde chamar epiderme. O metter o Canamo na agua naõ he para outra cousa mais, senaõ para que a casca se despegue da cana mais facilmente, para destruir a epiderme, e huma parte do tecido celular, que ligaõ juntamente as fibras longitudinaes. Tudo isto se produz por hum principio de podridaõ; por cuja causa senaõ deve ter muito tempo na agua; porque entaõ naõ somente a epiderme se corromperia, mas tambem prejudicaria as fibras longitudinaes, e naõ teria força alguma: pelo contrario quando o Canamo naõ fica na agua o tempo necessario, a casca está pegada ao tallo, e a fibra fica dura, e elastica, sem se poder nunca afinar perfeitamente, assim se deve observar hum meio, que consiste naõ sómente no tempo, que deve estar de molho, mas tambem I. Na qualidade d'agua; porque he melhor curtir o Canamo n'agua encharcada, e turva, que naquella, que corre, e que he clara. II. No calor do ar; porque he mais util curtillo, quando faz calma, do que quando faz frio. III. Na qualidade do Canamo: porque aquelle, que se cria em huma terra branda, e humida, e que se colhe algum tanto verde, se curte mais depressa, que aquelle que se cria em huma terra forte, e secca, e que se deixa amadurecer muito. Finalmente, quando o Canamo está pouco tempo n'agua para se curtir, a fua fibra he melhor; por cuja causa senaõ deve curtir senaõ no tempo quente, e quando os Outonos saõ frios, ha pessoas, que guardaõ o Canamo femea para a Primavera seguinte, para entaõ se curtir: ha alguns, que julgaõ ser melhor curtillo n'agua encharcada, e mórta, do que n'agua viva. Mandei curtir o Canamo em differentes aguas, e achei mais suave aquelle, que tinha sido curtido n'agua encharcada, do que aquelle, que foi n'agua corrente: porém a fibra, que se tira do Canamo, curtido n'agua encharcada, adquire huma cor desagradavel, que lhe naõ causa verdadeiramente prejuiso algum; porque se faz branca com facilidade; porém esta cor desagrada, e faz-lhe perder a venda, assim se deve fazer passar pelo meio do lugar aonde o Canamo se curtio, huma pequena corrente d'agua para renovar aquella, que anticipadamente se deitou no fosso, e para prevenir, que senaõ corrompa: cheguei a curtir o Canamo estendendo-o sobre hum prado, como fazem as lavadeiras, quando querem córar a roupa; porém este modo de curtir he muito custoso, e além disso a fibra tem pouca differença daquella, que se curtio segundo o methodo. Fiz tambem a experiencia de mandar ferver o Canamo n'agua com a esperança de o curtir em pouco tempo; porém tendo fervido mais de dez horas, o tirei d'agua, e fazendo-o seccar, achei, que se naõ podia tascar. He verdade, que mandando-o eu tascar, estando ainda molhado, e quente, a casca se despegava facilmente: porém ficava, como huma fita, e naõ se tendo destruido o tecido celular, as fibras longitudinaes ficavaõ juntas humas com outras, de sorte que naõ se podendo separar era impossivel affinar bem a fibra; pelo referido se mostra evidentemente, que senaõ póde terminar o tempo, que o Canamo ha de ficar n'agua, porque a qualidade do Canamo, d'agua, e temperamento do ar affroixaõ, ou precipitaõ esta operaçaõ. Alguns julgaõ, que o Canamo está bastantemente curtido, quando a casca se despega facilmente da cana, e isto ajuda muito aos Lavradores, que cultivaõ esta planta, a naõ lhe darem, senaõ o gráo de curtidura, que he preciso; com tudo se enganaõ algumas vezes, e me parece, que ha Provincias, aonde se costuma curtir mais tempo, do que em outras. Naõ posso deixar d'advertir, que deve haver muita cautella em naõ curtir o Canamo em certas aguas, aonde se achaõ alguns pequenos bichos, chamados lagostins, porque roem o Canamo, e a fibra fica quasi perdida. § IX. _Da colheita do Canamo Femea._ Quando tratámos do Canamo macho, dissemos, que se devia deixar ainda algum tempo na terra o Canamo femea, para que a sua semente acabasse d'amadurecer: porém esta dilaçaõ faz amadurecer muito o Canamo femea, e faz tambem, que a sua casca, venha a ser muito lenhosa, donde se segue que o linho, que se tira da dita planta; he mais grosseiro, e mais tosco, que aquelle, que se tira do Canamo macho; assim quando se vir, que a semente está bem formada, se deve arrancar o Canamo femea do mesmo modo, que se arranca o macho, do qual se devem formar feixesinhos, e polos na mesma ordem, que dissemos acima. Em alguns Paizes se costuma acabar de amadurecer a linhaça, mettendo o Canamo femea em algumas covas redondas da profundidade d'hum pé, e de tres, até quatro de diametro, e pondo no fundo destas covas os feixesinhos de Canamo bem unidos huns com os outros de modo, que a linhaça fique para baixo, e a raiz da planta para cima, e atando os feixesinhos do Canamo com ligaduras de palha, para ficarem bem juntos, e lhe lançaõ ao redor toda a terra, que se tinha tirado das covas, para que as cabeças do Canamo fiquem bem abaffadas. As cabeças do Canamo se aquecem com o auxilio da humidade, que se contém na dita cova; do mesmo modo que se aquece hum montaõ de feno verde, ou hum montaõ d'esterco: este calor acaba d'amadurecer a linhaça, e a dispoem para sahir da sua casca mais facilmente. Quando a linhaça está madura, o Canamo se tira fóra da cova, porque criaria bolor, se o deixarem mais tempo na cova, do que he necessario. Em alguns Paizes, aonde ha muito Canamo, o naõ costumaõ enterrar do modo, que acabo de dizer; porém costumaõ pôr os feixesinhos em tal ordem, que ficaõ cabeça com cabeça, e alguns dias depois tiraõ a linhaça do modo, que vou dizer. § X. _Da Colheita da Linhaça._ Aquelles que tem pouco Canamo, costumaõ estender hum panno no chaõ para receber nelle a sua semente, outros alimpaõ, e preparaõ hum lugar bem unido, no qual estendem o Canamo, pondo as cabeças d'hum mesmo lado, e depois disto as batem ligeiramente, com hum páo, ou com hum mangoal: esta operaçao faz cahir a linhaça, a qual costumaõ pôla de parte, para semear na Primavera seguinte, porém como fica ainda muita linhaça nas cabeças do Canamo, esta se tira, penteando as ditas cabeças com os dentes d'hum instrumento, chamado ripador, e por meio desta operaçaõ se faz cahir ao mesmo tempo as folhas com a linhaça, tudo misturado juntamente: costuma-se guardar tudo isto em hum montaõ alguns dias, e depois se estende ao Sol para se seccar: finalmente tudo aquillo se bate depois de secco, e se alimpa a linhaça, joeirando-a, ou passando-a por hum crivo: esta segunda semente serve para fazer óleo de linhaça, e para nutrir as aves domesticas. Finalmente se costuma levar o Canamo ao lugar, onde se curte, para se preparar do mesmo modo, que o Canamo macho. § XI. _O que he preciso fazer para tirar o Canamo do lugar, aonde se deitou de molho._ Quando se tirar o Canamo do fosso, aonde se curtio, se devem desatar os feixesinhos para effeito de se seccar, estendendo-os ao Sol ao longo de hum muro, ou em hum lugar, em que naõ haja absolutamente humidade: deve-se ter muito cuidado de virar os ditos feixes de tempo em tempo, e quando o Canamo estiver bem secco, se deve pôr outra vez em feixes, e transportallos para a casa, onde se quer recolher em lugar secco, até que o queiraõ tascar. N. B. _Esta Obra he precursora de outra maior, em que se continuará esta Memoria, que he de M. Duhamel, e se dará tudo o mais que se tem escripto a este assumpto, até entrar na cordearia._ FIM. End of the Project Gutenberg EBook of Descripçaõ sobre a cultura do Canamo ou Canave, by Henri-Louis Duhamel du Monceau *** END OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK DESCRIPCAO DO CANAMO OU CANAVE *** ***** This file should be named 30068-8.txt or 30068-8.zip ***** This and all associated files of various formats will be found in: https://www.gutenberg.org/3/0/0/6/30068/ Produced by Pedro Saborano Updated editions will replace the previous one--the old editions will be renamed. Creating the works from public domain print editions means that no one owns a United States copyright in these works, so the Foundation (and you!) can copy and distribute it in the United States without permission and without paying copyright royalties. Special rules, set forth in the General Terms of Use part of this license, apply to copying and distributing Project Gutenberg-tm electronic works to protect the PROJECT GUTENBERG-tm concept and trademark. 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It exists because of the efforts of hundreds of volunteers and donations from people in all walks of life. Volunteers and financial support to provide volunteers with the assistance they need are critical to reaching Project Gutenberg-tm's goals and ensuring that the Project Gutenberg-tm collection will remain freely available for generations to come. In 2001, the Project Gutenberg Literary Archive Foundation was created to provide a secure and permanent future for Project Gutenberg-tm and future generations. To learn more about the Project Gutenberg Literary Archive Foundation and how your efforts and donations can help, see Sections 3 and 4 and the Foundation web page at https://www.pglaf.org. Section 3. Information about the Project Gutenberg Literary Archive Foundation The Project Gutenberg Literary Archive Foundation is a non profit 501(c)(3) educational corporation organized under the laws of the state of Mississippi and granted tax exempt status by the Internal Revenue Service. The Foundation's EIN or federal tax identification number is 64-6221541. Its 501(c)(3) letter is posted at https://pglaf.org/fundraising. Contributions to the Project Gutenberg Literary Archive Foundation are tax deductible to the full extent permitted by U.S. federal laws and your state's laws. The Foundation's principal office is located at 4557 Melan Dr. S. Fairbanks, AK, 99712., but its volunteers and employees are scattered throughout numerous locations. Its business office is located at 809 North 1500 West, Salt Lake City, UT 84116, (801) 596-1887, email [email protected]. Email contact links and up to date contact information can be found at the Foundation's web site and official page at https://pglaf.org For additional contact information: Dr. Gregory B. Newby Chief Executive and Director [email protected] Section 4. Information about Donations to the Project Gutenberg Literary Archive Foundation Project Gutenberg-tm depends upon and cannot survive without wide spread public support and donations to carry out its mission of increasing the number of public domain and licensed works that can be freely distributed in machine readable form accessible by the widest array of equipment including outdated equipment. Many small donations ($1 to $5,000) are particularly important to maintaining tax exempt status with the IRS. The Foundation is committed to complying with the laws regulating charities and charitable donations in all 50 states of the United States. Compliance requirements are not uniform and it takes a considerable effort, much paperwork and many fees to meet and keep up with these requirements. We do not solicit donations in locations where we have not received written confirmation of compliance. To SEND DONATIONS or determine the status of compliance for any particular state visit https://pglaf.org While we cannot and do not solicit contributions from states where we have not met the solicitation requirements, we know of no prohibition against accepting unsolicited donations from donors in such states who approach us with offers to donate. International donations are gratefully accepted, but we cannot make any statements concerning tax treatment of donations received from outside the United States. U.S. laws alone swamp our small staff. Please check the Project Gutenberg Web pages for current donation methods and addresses. Donations are accepted in a number of other ways including including checks, online payments and credit card donations. To donate, please visit: https://pglaf.org/donate Section 5. General Information About Project Gutenberg-tm electronic works. Professor Michael S. Hart was the originator of the Project Gutenberg-tm concept of a library of electronic works that could be freely shared with anyone. For thirty years, he produced and distributed Project Gutenberg-tm eBooks with only a loose network of volunteer support. Project Gutenberg-tm eBooks are often created from several printed editions, all of which are confirmed as Public Domain in the U.S. unless a copyright notice is included. Thus, we do not necessarily keep eBooks in compliance with any particular paper edition. Most people start at our Web site which has the main PG search facility: https://www.gutenberg.org This Web site includes information about Project Gutenberg-tm, including how to make donations to the Project Gutenberg Literary Archive Foundation, how to help produce our new eBooks, and how to subscribe to our email newsletter to hear about new eBooks.